Archive for the ‘vídeos’ Category

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Tapa de Pantera

October 13, 2010

Conhecida por muitos como protagonista do curta “Tapa na Pantera” (2006), um dos primeiros vídeos virais brasileiros, e por outros tantos por seus trabalhos no teatro, Maria Alice Vergueiro, 75, se prepara para a estreia no dia 16 de outubro do seriado de humor “Elvirão ou Como Vovó Já Dizia”, no Canal Brasil. Em entrevista exclusiva ao UOL, a atriz falou sobre esse programa e sobre a peça “As Três Velhas”, com que se apresenta no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Maria Alice conversou ainda sobre o impacto em sua carreira de “Tapa na Pantera”, curta que teve mais de 5 milhões de acessos online: “Mudou o meu ritmo, meu jeito de escrever. Afinal, depois que você entra em contato com um meio de comunicação como o YouTube, é difícil encarar uma novela na TV aberta“. Assista à entrevista no UOL.

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Risonho… e límpido…

September 2, 2009

Em março deste ano, a cantora Vanusa, 61, foi convidada a cantar o hino nacional em evento da Assembleia Legislativa de São Paulo. O vídeo que registra a apresentação ganhou notoriedade no YouTube só agora. Nele, a cantora se perde entre os versos da música e na melodia, numa performance que levantou suspeitas de que ela estivesse bêbada durante a cerimônia.

A princípio, a cantora erra uma ou outra palavra e, a partir de um ponto, parece improvisar, encaixando aleatoriamente pedaços da letra a uma melodia que vagamente lembra o hino nacional. Na última terça (1º/9), Vanusa contou ao programa “Boa Tarde”, da Band, que, antes de ir para o evento, havia tomado remédio para labirintite, “calmante” e Neosaldina, depois de ter discutido com o filho Rafael (Rafael Vanucci, vencedor do reality “Casa dos Artistas”, do SBT, em 2002). O coquetel supostamente explicaria sua desorientação.

Com seus arranjos pomposos e tom épico, os hinos são feitos para conjurar sentimentos de patriotismo, honra, orgulho e afins. Neste caso, conforme testemunharam alguns no YouTube, provocou “vergonha”. Bobagem. Puro chauvinismo. Tentativas de interpretação “autoral” de hinos –de Jimi Hendrix a Fafá de Belém– nunca deram bons resultados. Nesse contexto, a versão de Vanusa até que é interessante, ainda que involuntariamente, pelo seu radicalismo, pela desconstrução caótica que faz dessa melodia e dessa letra que já se ouve como quem está surdo.

O hino nacional foi composto pelo maestro Francisco Manuel da Silva (1795-1865), fundador do Imperial Conservatório de Música, e a letra foi escolhida num concurso público, realizado no final do século 19, após a proclamação da república, em 1889. Os versos vencedores foram os do jornalista carioca Joaquim Osório Duque Estrada, que, neles, não poupou inversões e uso de vocabulário precioso, típicos do estilo parnasiano –o que não facilitou nada para Vanusa.

Nem para Fafá, primeira artista brasileira de sucesso a gravar o hino nacional em uma versão “interpretativa”, melosa, como se ele fosse uma balada romântica, em 1984, no calor da campanha das Diretas Já. Antes disso, durante os anos da ditadura no Brasil, valia a disposição da Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971, sobre os símbolos nacionais, que proíbe a execução do hino em uma versão cantada que não a oficial, arranjada por Alberto Nepomuceno, e discrimina até o tom: fá maior.

Em tempo: Vanusa começou a carreira na jovem guarda, em meados dos anos 60, mas ficou famosa mesmo em 73, com “Manhãs de Setembro”, que trazia o verso “fui eu quem se fechou no muro e se guardou lá fora”. Em 75, gravou “Paralelas”, composição de outro personagem da música brasileira que esteve em evidência nas últimas semanas, Belchior, e que trazia o verso “no Corcovado, quem abre os braços sou eu”. Depois veio “Mudanças”, em 86, em que ela queria “deixar de ser menina, pra ser mulher”. Ou seja, tudo isso prova que não é de hoje que Vanusa tem experiência com versos complicados. O episódio com o hino só pode ter sido mesmo culpa dos remédios.

Abaixo, capa da revista “O Cruzeiro” de 1967 mostra Vanusa e o lutador de telecatch Ted Boy Marino. Na época, os dois integravam o elenco do programa “Adoráveis Trapalhões”, da TV Excelsior, ao lado de Ivon Cury, Dedé Santana e Renato Aragão, um embrião do que mais tarde viriam a ser “Os Trapalhões”.

Imagem: Reprodução

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O último rei do pop…

June 25, 2009

Imagem: Reprodução
“O que? Eu não vou morrer!”. Foi assim que Michael Jackson respondeu a Martin Bashir, em 2003, com uma expressão entre ofendida e espantada, quando o jornalista inglês lhe perguntou qual o legado que ele gostaria de deixar. Como ousava Bashir, que fazia um documentário sobre o cantor (o sensacionalista “Living With Michael Jackson”), supor a sua morte. Que coisa mais fora de propósito. Algo tipo: “Você está louco? EU NÃO SOU COMO VOCÊ! EU NÃO VOU MORRER!”

Afinal, aconteceu. Lá se foi o último rei do pop, ou, como diria Xico Sá, “o primeiro negro a pisar na lua”.

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A imagem acima é da abertura do desenho animado “The Jackson 5ive”, produzido de 1971 a 1973, e do qual Michael era personagem, ao lado dos irmãos e de sua serpente, Rosie. Abaixo, uma imagem recente, com a “namorada” Pamela Anderson, em Londres, num desfile de Vivienne Westwood (2008).

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Franjas

June 24, 2009
Imagem: Reprodução/SHOWstudio

Still do vídeo "Fringe Project" de Henrik Vibskov e Andreas Emenius

No post sobre o SPFW (anterior), tem link para um vídeo do estilista português Felipe Oliveira Batista no site SHOWstudio, do fotógrafo inglês Nick Knight, que traz os ensaios de moda mais incríveis da Internet. Vai agora um link para um vídeo que o estilista dinamarquês Henrik Vibskov fez com o artista sueco Andreas Emenius para o que eles chamam de “Fringe Project” (que pode ser traduzido como “projeto franja” ou “projeto marginal”). O site da dupla traz todos os trabalhos da série. No SHOWstudio, “Fringe Project 8” fica dentro de uma série encadeada de vídeos produzidos por vários artistas, fotógrafos e estilistas, chamada “Future Tense”.

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Cena

March 25, 2009

Reprodução/Cena
E quem gostou do Bruno Aleixo (veja post anterior), há de gostar também do blog da produtora Cena, uma das responsáveis pelo “Programa do Aleixo”. Lá se encontram novos vídeos e textos dos mesmos roteiristas, como “Busto no Trabalho”; o impagável “Direito de Antena” (promovido pelo partido fictício PPDPP); um utilíssimo horóscopo (que indica, por exemplo, palmilhas de cortiça para que os escorpianos fiquem mais altos), e a coluna “Cinema Limpo”, sobre a sétima arte, que estreou com comentários sobre o “Oscar”. O blog cobriu a cerimônia “pelo YouTube, passada uma semana, em dezesseis bocados de nove minutos e 58 segundos cada”, e repara, por exemplo, como no filme “O Leitor”, depois que o garoto cresceu, “ficou o Ralph Fiennes, ao passo que a Kate Winslet ficou na mesma, a Kate Winslet, mas mais velha, com lenços na cabeça e xales”…
O blog traz ainda o que garante ser o registro de um plágio do “Programa do Aleixo” feito por uma emissora de TV uruguaia (foto). Enquanto isso, os fãs continuam aguardando uma nova temporada com o ewok com cara de cachorro penteado.

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Piada de português

March 22, 2009

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Esse aí em cima é o Bruno Aleixo, personagem da série humorística de animação “Programa do Aleixo“, exibido pelo canal de TV a cabo português Sic Radical. A primeira temporada do programa foi ao ar de novembro de 2008 até o começo deste ano e, com seu sofisticado humor non-sense e animações à la Monty Python, virou febre no YouTube, onde se podem assistir a todos os episódios estrelados por Aleixo, além de suas derivações, como “Bruno Aleixo na Escola” e “Bruno Aleixo no Médico”, e aos drops para Internet “Os Conselhos Que Vos Deixo”, que deram origem à série da TV (clique aqui para lista de links).

Natural de Coimbra, Aleixo é um ewok de 51 anos que fez plástica para ficar com cara de cachorro. Apesar de o personagem não admitir (“só pintei o cabelo”, ele garante) seu assistente de palco, o Busto (um busto falante de Napoleão), insinua que ele teria mudado de fisionomia ou bem para fugir de um processo da Lucas Films (criadora do personagem ewok na série “Guerra nas Estrelas”) ou para “consertar” um queixo duplo.

O programa, que dura cerca de meia hora, é dividido em diversos quadros, entre eles “Opinião Civil”, que conta com a participação fictícia de telespectadores; “Mito Urbano-Rural”, em que a dupla de apresentadores “explica” crendices populares; “Revista de Imprensa”, em que notícias de jornal são comentadas, e um quadro de entrevistas. Bruno e Busto encerram os programas ao piano, interpretando um sucesso da música internacional (destaque para “Scatman“, “Chorando Se Foi” e “The Time of My Life”).

Durante os sete episódios da primeira temporada, aparecem ainda outros personagens, como o dr. Ribeiro (um médico invisível), o porteiro Nelson, o primo do Busto (um busto de Beethoven) e o homem do Bussaco, entre outros.

A série foi idealizada e desenvolvida pelas produtoras portuguesas Gana (Guionistas e Argumentistas Não-Alinhados) e Cena (Canal de Entretenimento Não-Alinhado). O núcleo de criação do programa é formado pelo ator e roteirista João Moreira, 29, o ator e roteirista Pedro Santo, 29, e o designer gráfico e animador João Pombeiro, 30.

O Canal Sic Radical faz parte da rede Sic de televisão, primeira emissora privada de Portugal, que entrou em operação em 1992 e já teve como acionista a Rede Globo. A Sic tem hoje uma série de canais abertos e a cabo que transmitem programas produzidos em Portugal e importados. Atualmente, tem em sua programação a novela “Caminho das Índias”.

Abaixo, Bruno Aleixo, na escola, fala sobre o que quer ser quando crescer:

E, por falar em humor português, outros programas que valem a pena ver no YouTube são os sketchs do grupo “Gato Fedorento”, com o “primo Zé Carlos”, e “Carlinhos, o machista gay”, do programa “Tudo Abaixo”. Seguem os links:

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O último verão do Tacheles

June 16, 2008

O Tacheles é um centro cultural localizado no Mitte, em Berlim, que funciona desde o final dos anos 80 e é um dos símbolos da cultura underground da cidade. Em 2009, o local deverá fechar as suas portas e retornar às mãos de seus antigos proprietários. O Tacheles, que em iídiche quer dizer “falar sem meias palavras”, funciona nos escombros de um prédio que já foi um shopping center, no início do século 20, e sede do partido trabalhista alemão durante os anos 30. Bombardeado durante a Segunda Guerra, a construção foi condenada à demolição, que começou a ser feita no final dos anos 60, mas nunca foi concluída. Logo após a queda do muro, em 1989, um grupo de artistas ocupou o edifício e iniciou uma batalha legal para sua despapropriação e pela sua transformação oficial em centro cultural. O último turno dessa batalha levou a um acordo de uso do local que termina em 2008. “É uma pena”, contou a este blog o ator turco Birol Ünel (“Contra a Parede”), que fez sua estréia teatral no local. “O contrato termina em 2009 e não há mais nada que os advogados (do Tacheles) possam fazer”. Veja abaixo uma pequena entrevista com o ator que no último sábado (14) passeva pelo Tacheles com amigos.