Archive for the ‘cinema’ Category

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Tura Satana

February 6, 2011

Morreu na última sexta (4), aos 72 anos, a atriz americana Tura Satana, musa do diretor Russ Myers e dos filmes de “female violence”. Conhecida por suas curvas voluptuosas, Satana, cujo nome verdadeiro era Tura Yamaguchi, começou a carreira como bailarina stripper e apareceu pela primeira vez no cinema numa ponta em “Irma La Douce” (1963, Billy Wilder), ao lado de Jack Lemon e Shirley MacLaine. Seu primeiro grande papel, que a celebrizou, foi a Varla, de “Faster, Pussycat! Kill! Kill!” (1965, Myers). Tura participou ainda das séries televisivas “The Man from U.N.C.L.E.”, “The Girl from U.N.C.L.E.” e dos filmes “The Astro-Zombies” (1968, Ted V. Mikels) e “Sugar Boxx” (2009, Cody Jarrett). Sua última aparição no cinema foi uma ponta (Malvina) em “Astro Zombies: M3 – Cloned” (2010), do diretor Ted V. Mikels, com quem foi casada.

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Fantasias

January 22, 2011

Reprodução/Disney

Separadas por 60 anos, “Fantasia” (1940) e “Fantasia 2000” trazem o melhor e o pior do que já foi produzido pelos estúdios Disney. Clássicos como “O Aprendiz de Feiticeiro” e “A Dança das Horas” (foto), e aberrações como o segmento dedicado a “Tocata e Fuga em ré menor” de Bach e à “Ave Maria” de Schubert. Os dois filmes chegam juntos em DVD duplo. Veja mais no UOL.

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Princesas

January 7, 2011

Chega aos cinemas esta semana a 50a animação dos estúdios Disney, “Enrolados” (“Tangled”), baseado na “Rapunzel” dos irmãos Grimm. O filme lança a 10a “princesa” de conto de fadas da empresa, que se junta a uma galeria que já conta com Branca de Neve, a primeira delas, Cinderela, Aurora (“A Bela Adormecida”), Ariel (“A Pequena Sereia”) e outras. Leia reportagem completa no UOL.

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Vampirismo

November 8, 2010

Ele faria 163 anos nesta segunda (8), se fosse um vampiro. E isso ainda seria flor da idade… para um vampiro. Afinal, sua cria, o Drácula, contava mais de 500 anos. Mas Bram Stoker não tinha nada de sobrenatural e morreu aos 65, dizem, de sífilis. Leiam a reportagem completa no UOL, com uma lista de 15 clássicos de vampiros no cinema.


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Arte bruta

October 23, 2010

À esquerda, “Saul Steinberg in Nose Mask” (1966), foto de Irving Penn (1917-2009). À direita, still do filme “Terra Deu, Terra Come” (2010), de Rodrigo Siqueira. Na primeira, o célebre cartunista da “New Yorker Magazine” brinca com um pedaço de cartão diante das lentes do fotógrafo americano, muito conhecido por seus retratos. No still, Seu Pedro, personagem central do documentário de Siqueira, encarna uma entidade de sua mitologia muito própria.

Clique aqui para assistir a trailer e saber mais sobre “Terra Deu, Terra Come”, filme premiado no Brasil e na Alemanha.

Leia também: “Terra Deu, Terra Come” leva prêmio de jovens talentos no festival de documentários de Leipzig

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Seu Pedro

October 23, 2010

“Terra Deu, Terra Come” ganhou mais um. O filme dirigido por Rodrigo Siqueira levou o prêmio de jovens talentos na 53a edição do Dok Leipzig, festival de documentários da cidade alemã. No Brasil, o filme já havia ganho o festival Tudo É Verdade, em abril, e o prêmio da mostra Panorâmica de Gramado, em agosto. O documentário conta a história do garimpeiro Pedro de Alexina, de 81 anos. Descendente de escravos que trabalhavam na extração de diamantes, nas Minas Gerais do tempo do Brasil Império, ele é um dos últimos conhecedores dos vissungos, as cantigas em dialeto banguela cantadas durante os rituais fúnebres da região, que eram muito comuns nos séculos 18 e 19.

O júri do Dok Leipzig justificou assim a premiação de “Terra Deu, Terra Come”:

“O filme vencedor levou os juízes a um mundo completamente desconhecido (e evidentemente quase esquecido). Seu personagem central —um indivíduo admirável e mesmerizante— é o tipo de pessoa que provavelmente só aparece uma vez na vida de um documentarista. O registro de sua ligação com um mundo de rituais e mitos, à beira do desaparecimento, é a um tempo fascinante e de relevância histórica. O filme claramente se beneficiou do acesso exclusivo (do diretor ao personagem), ganho ao longo de um período de tempo extenso e trabalhado com grande senso artístico. O filme expõe um mundo sobre o qual nada conhecíamos, e o faz de uma maneira encantadora, prazerosa e, por vezes, emotiva, que certamente descortina um novo território e abre as portas para uma verdadeira experiência de documentário.”

O produtor cultural Eduardo Raccah representou o diretor na premiação e agradeceu o prêmio em seu nome.

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Flimé

September 4, 2010

No melhor estilo boimate, diversas agências de notícia embarcaram na história do restaurante Flimé, que aceitava doações de órgãos e partes do corpo humano para práticas canibais. Na verdade, a notícia inventada fazia parte de uma campanha da associação alemão Vebu (de vegetarianos) contra o consumo de carne. Segundo o grupo, o nome do restaurante fictício é uma contração do slogan Fleisch isst Menschen (algo como “a carne come o homem”).

Que pena… Estava mais do que na hora de existir uma rede decente de restaurantes canibais, não é? Fica a dica pro pessoal da 3G Capital que comprou o Burger King. Hannibal Lecter agradece…

Abaixo, uma cena inicial da impagável comédia inglesa “Comendo os Ricos” (Eat the Rich, 1987, Peter Richardson) sobre um restaurante londrino que resolve de uma vez por todas seus problemas com clientes impertinentes e inclui o primeiro-ministro em seu cardápio…

E, como diz o Lemmy (Motorhead) na canção tema do filme:
“Let’s see if you’re hungry enough”…

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O velho mundo de “Avatar”

January 29, 2010

Embalagem de peruca para fantasia de na'vi, com a característica trança dos aborígenes de Pandora; em "Avatar" elas garantem a conexão com a Natureza...

Finalmente vi “Avatar”. Realmente as animações e os efeitos são impressionantes. A experiência 3D, apesar dos óculos um tanto toscos e anti-higiênicos, também funciona.

[A partir daqui o texto contém “spoiler”. Hahaha! Sempre quis escrever isso!]

Mas, afora a parafernália tecnológica, achei que o filme não diz muito. Se ele tem causado furor com o povo da moda (vide Gaultier alta costura), deve ser porque ele é um pastiche de várias “tendências” que já aparecem nas passarelas, há algumas estações. Uma mistura de militarismo, escapismo, ecologia e um festival de estampa de bicho, se a gente considerar a pele dos na’vi e de todos os monstros da floresta. E qual o penteado mais usado? As tranças. Quem acompanha desfiles já viu isso muito antes do filme (vide Miu Miu primavera-verão 2010). Tudo bem que, em Pandora, as tranças funcionam mais ou menos como um cabo firewire. Mas “Matrix” também já fez algo muito parecido com isso (não com tranças, mas com cabos ligados à nuca). Sem contar que esse conceito de conexão “física” é cada vez mais obsoleto com tantas opções wireless. Está certo que o filme consegue empacotar tudo isso de maneira bem acessível, amarrado por um enredo xaropão, água com açúcar… E com aquela narração em off, tipo filme noir… Mas não é que o clima noir e outras referências aos anos 40 também são tendência em beleza e desfiles (vide Galliano p-v 2010)?

Agora, a trilha… Ah, a trilha dá saudade de Céline Dion…

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Um cigarro depois e Coco antes de Chanel

October 26, 2009

avantchanel

“Coco Antes de Chanel” é uma bobagem, e Audrey Tautou deve ser uma chata de galocha, pelas entrevistas pretensiosíssimas que tem dado para divulgar o filme, se comparando à própria Chanel. Menos, Audrey… A obra cinematográfica mais à altura do visionarismo de Chanel (embora ela não apareça como personagem) continua sendo “O Ano Passado em Marienbad” (1961), filme do qual ela fez o figurino. Mesmo assim, vamos lá, já está publicada no UOL a crítica de “Coco Antes…”. (Ah, adoro o fato de que no pôster brasileiro o cigarro na mão da estilista tenha sido substituído por uma caneta. Daqui a pouco, teremos de volta as bolinhas que correm atrás de partes pudendas…)

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Pantera

June 25, 2009

Imagem: Reprodução
Farrah Fawcett morreu nesta quinta (25), aos 62 anos, em Santa Monica, California, depois de passar três anos fazendo um tratamento intensivo contra câncer. Ícone da moda, ela ficou famosa pelo corte de cabelo repicado que usou no seriado “As Panteras”, do qual participou de 76 a 80, no papel de Jill Munroe. A imagem acima é de um de seus primeiros filmes, “Myra Breckinridge” (1970), cult baseado em livro homônimo de Gore Vidal, em que ela contracena com John Huston, Mae West e Raquel Welch. No filme, ela interpreta Mary Ann Pringle, uma interiorana ingênua, e protagoniza uma famosa “cena lésbica” com o personagem título, um transexual vivido por Welch (veja no link abaixo). Farrah deixa um filho, Redmond, 24, de seu relacionamento com o ator Ryan O’Neil, com quem estava casada atualmente.

Veja galeria de fotos da cantora no “LA Times”